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República – República Velha

República – República Velha

 

Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca declarou o fim do período imperial, e o início do período republicano, destituindo o último imperador brasileiro, D. Pedro II, que teve de partir em exílio para a Europa. O nome do país mudou para Estados Unidos do Brasil (em 1967 mudou para República Federativa do Brasil). Entre 1889 e 1930 o governo foi uma democracia constitucional e a presidência alternava entre os estados dominantes da época São Paulo e Minas Gerais. Como os paulistas eram grandes produtores de café, e os mineiros estavam voltados à produção leiteira, a situação política do período ficou conhecida como Política do Café-com-Leite.

 

No século XIX o café começou a substituir a cana-de-açúcar como o principal produto de exportação. A riqueza trazida pelo café deu fama internacional e prestígio ao Brasil, o que atraiu muitos imigrantes, principalmente da Itália e Alemanha. O país desenvolveu uma base industrial e começou a se expandir para o interior do país.

 

A “República Velha” terminou quando um golpe de estado implantou Getúlio Vargas, um cidadão civil, como presidente.

 

Os presidentes que se seguiram são:

 

  • 1889 – Governo temporário do marechal Manoel Deodoro da Fonseca.
  • 1891 – Eleito o marechal Deodoro da Fonseca. Seu vice é o marechal Floriano Vieira Peixoto.
  • 1894 – Prudente José de Morais e Barros.
  • 1898 – Manuel Ferraz de Campos Sales.
  • 1902 – Francisco de Paula Rodrigues Alves.
  • 1906 – Afonso Augusto Moreira Pena (morreu durante o mandato).
  • 1906 – Nilo Procópio Peçanha (vice de Afonso Pena, assumiu em seu lugar).
  • 1910 – marechal Hermes da Fonseca.
  • 1914 – Venceslau Brás Pereira Gomes.
  • 1918 – Francisco de Paula Rodrigues Alves (morreu antes de assumir).
  • 1918 – Delfim Moreira da Costa Ribeiro (vice de Francisco Alves, assumiu em seu lugar).
  • 1919 – Epitácio da Silva Pessoa.
  • 1922 – Artur da Silva Bernardes.
  • 1926 – Washington Luís Pereira de Sousa (deposto pela revolução de 1930).
  • 1930 – Junta de Governo: General Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha.

 

 

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Muita história a ser contada.

Império – O Segundo Império e a Libertação dos Escravos

Brasil Império – Primeiro Império & Período Regencial

 

 

 

Império – O Segundo Império e a Libertação dos Escravos

Império

O Segundo Império

O Segundo Império teve início com o Golpe da Maioridade (1840), que elevou D. Pedro II ao trono.

O período pode ser divido em três etapas principais:

  • a chamada fase de consolidação, que se estende de 1840 a 1850. As lutas internas são pacificadas, o café inicia a sua expansão, a tarifa Alves Branco permite a Era Mauá.

  • o chamado declínio do Império, marcado pela Questão Militar, pela Questão Religiosa, pelas lutas abolicionistas e pelo movimento republicano, que conduzem ao fim do regime.

Libertação dos Escravos

Em 28 de setembro de 1871, o Parlamento Brasileiro aprovou e a Princesa Isabel, na época regente do Brasil, assinou a Lei do Ventre Livre, que determinava que, a partir daquele momento, todos os filhos de escravos eram considerados livres.

Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que já havia sido aprovada pelo Parlamento, abolindo toda e qualquer forma de escravidão no Brasil. O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão.

A abolição da escravatura desagradou às oligarquias rurais, que passaram a apoiar com mais empenho o movimento republicano, então em plena ação.

· Colônia

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* Período Pré-Descobrimento

* A chegada dos europeus

* A polêmica sobre o “descobrimento”

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Período Pré-Descobrimento

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Quando descoberto pelos europeus em 1500, estima-se que o Brasil (esse lado da America do Sul), era habitado por aproximadamente 5 milhões de índios, que habitavam o país do norte ao sul. A população ameríndia brasileira era dividida em grandes nações indígenas, em vários grupos étnicos. Destacam-se os grupos guarani, tupiniquim e tupinambá. Do lado europeu, a descoberta do Brasil foi precedida por vários tratados entre Portugal e Espanha, estabelecendo limites e dividindo o mundo descoberto e a descobrir. Destes acordos sem pisar nas terras, o Tratado de Tordesilhas (1494) é o mais importante, por definir as porções do globo terrestre que cabiam a Portugal durante boa parte do período em que o Brasil foi colônia portuguesa. Estabelecia este tratado que as terras até uma distância de 370 léguas marítimas a oeste do meridiano que passava sobre Tordesilhas seriam posse do rei de Portugal. Este meridiano passava na ilha de Cabo Verde. 

A chegada dos europeus

 No dia 9 de março de 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral, saindo de Lisboa, inicia viagem para Índia, contornando a África, para chegar até Calicute. A expedição afastou-se da costa africana perto das Canárias, navegando tocado pelos ventos alísios em direção ao ocidente para tomar posse em nome da Coroa Portuguesa da Isla de Bresil, situada um pouco ao sul das terras descobertas por Cristóvão Colombo em 1492 e provavelmente aquém da Linha de Tordesilhas. Em 21 de abril, da nau capitânea avistaram-se no mar, boiando, plantas e mais tarde pássaros marítimos, sinais de terra próxima, e ao amanhecer de 22 de abril ouviu-se um grito de “terra à vista”, onde aportaram tendo em 26 de abril, um domingo, sido oficiada a primeira missa no solo brasileiro por frei Henrique Soares. Deram à terra o nome de Ilha da Vera Cruz no dia 1 de maio quando com a segunda missa Cabral tomou posse das terras em nome do rei de Portugal, que recebeu as boas novas por cartas escritas por Mestre João e Pero Vaz de Caminha. Levadas ao rei pela nau de Gaspar de Lemos, as cartas relatavam de forma pormenorizada as condições locais e de seus habitantes que a partir daí foram chamados de índios. Cabral rumou para a Índia pela via certa que sabia existir a partir da costa brasileira. Em 1822, O Brasil libertou-se do domínio da coroa portuguesa e passou a ser um império até o ano de 1889, em que Dom Pedro II, último imperador do Brasil, foi deposto e foi declarada a república. Do ano de 1964 até 1984, o Brasil foi governado por uma ditadura militar e, atualmente, é novamente uma república democrática. 

A polêmica sobre o “descobrimento”

 Vicente Yanéz Pinzón, navegador espanhol, partiu de Palos de la Frontera, Espanha em 19 de novembro de 1499. Em Janeiro de 1500 desembarcou no Brasil no local atualmente chamado Praia do Paraíso, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. O local foi batizado por Pinzón como Cabo de Santa Maria de la Consolación. Pinzón seguiu sua viagem e em fevereiro de 1500 chegou à foz do Rio Amazonas, que batizou como Mar Dulce. A viagem de Pinzón e sua chegada ao Brasil não constam da maior parte dos registros oficiais de história do Brasil pois pelo tratado de Tordesilhas as terras descobertas por Pinzón pertenciam, de fato, a Portugal. Mas existem grandes probabilidades de que mesmo a esquadra de Pinzón não teria sido a primeira expedição européia a desembarcar em terras brasileiras. Já em 1325 circulavam em Portugal lendas e mapas sobre uma terra rica em pau-brasil situada além-mar. Na disputa com a Espanha por novas terras, os portugueses realizam expedições sigilosas chamadas de “arcano”. Assim há relatos de que João Coelho da Porta da Cruz e Duarte Pacheco Pereira teriam estado no Brasil respectivamente em 1493 e 1498. Diogo de Lepe, navegador espanhol, teria atingido a costa brasileira em março de 1500. Pedro Álvares Cabral era o capitão da esquadra que partiu de Portugal para as Índias, contornando a África. A certa altura da viagem, tendo passado já as Ilhas Canárias, a frota de Cabral desvia-se para oeste, segundo alguns autores, sob pretexto de desviar de um trecho do Oceano Atlântico conhecido pelas calmarias, ou ausência de vento. Existe alguma controvérsia sobre o real motivo do desvio para Oeste, uma vez algumas fontes sugerem que os portugueses já teriam vindo ao Brasil pelo menos quatro anos antes. Sabe-se que Pedro Álvares Cabral não procurava um caminho seguro para a Índia, porque este já era conhecido, tendo sido percorrido pouco antes pela armada de Vasco da Gama. Cabral e Vasco da Gama já haviam conversado dois anos antes da viagem que partiria dia 9 de março de 1500. Nesta conversa, Cabral foi orientado a fazer um grande arco rumo ao oeste, para aproveitar melhor as correntes do Atlântico fugindo desta forma da corrente ascendente do Golfo da Guiné. Aliás, seria exactamente esse grande desvio que os navios eram obrigados a fazer que teria dado aos navegadores os indícios da existência de terra naquela direcção. É hoje quase certo que a frota de Cabral tinha como incumbência primordial localizar essa terra e reclamá-la para a coroa portuguesa ao abrigo do tratado de Tordesilhas. Dá-se como uma das provas disso mesmo o facto de um dos navios ter regressado de imediato para dar a novidade ao Rei, enquanto que os restantes seguiam para a Índia; bem como o facto de na frota seguir um homem, Pero Vaz de Caminha, cuja missão era elaborar uma descrição detalhada da terra descoberta – A Carta a El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil, um belíssimo texto. De qualquer forma, no dia 22 de abril Pedro Álvares Cabral nomeou como Terra de Santa Cruz o continente que havia descoberto. O local em que Cabral aportou é conhecido como Porto Seguro, no estado da Bahia. No ano de 1501, nova expedição encontrou como recurso explorável apenas o pau-brasil, madeira vermelha muito requisitada na época, o que também deu o nome ao Brasil. Ainda em 1501, no dia primeiro de Novembro, foi descoberta a Baía de Todos os Santos, na Bahia, local que mais tarde influiria na escolha de D. João III para o local da sede da administração colonial. Em 1503 houve nova expedição, desta vez comandada por Gonçalo Coelho, mas não houve nenhum assentamento português, o que ensejou aos portugueses a oportunidade de estabelecer suas próprias colônias no Brasil. Em 1530 foi enviada ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Sousa, com os objetivos de explorar a costa, expulsar os franceses e estabelecer núcleos de colonização. Foram fundados por esta expedição os núcleos de São Vicente e São Paulo. Além desses contos de expedições, a mais polêmica seria a expedição de Francisco de Orellana que, em 1535, ao penetrar na foz do rio Orinoco e penetrar rio adentro, conta a história que numa unica viagem, ao meio a um emaranhado de rios e afluentes, encontra o rio Cachequerique, uma raríssima e incomum captura fluvial que até hoje une os rios Orinoco ao Rio Negro e Amazonas.